sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

PENSE NO FIM DE SEMANA:

LEIA TUDO, ANALISE A CRISE
E VEJA COMO ALAGOAS PRECISA QUE VOCÊ FAÇA UMA REVOLUÇÃO PELO VOTO.
ACREDITE QUE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO, MAS VOCÊ
TAMBÉM É RESPONSÁVEL.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ

SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ
Geraldo Câmara

. Você até pode ser exemplo, mas não deve ser modelo para uma clonagem, principalmente se ela o for de princípios, de caráter, de personalidade. Você é único e sempre o será, ainda que ao seu lado exista um gêmeo.
A política tenta clonar seus líderes e colocá-los diante de você como o exemplo, o molde, a forma que você deve usar para transformar-se em idéias, pensamentos e até objetivos.
Certas religiões fazem o mesmo. Utilizam métodos hipnóticos e verdadeiras lavagens cerebrais para convencê-lo a segui-las cegamente, sem que você tenha tempo, ao menos, de pensar no que é melhor para si próprio.
Baseados nisto, buscamos compreender as atitudes de certos políticos que, moldados em modelos anteriores e que fizeram suas cabeças, tentam empregar os mesmos métodos quando buscam nos intimidar, nos convencer ou nos fazer entender que suas tramóias, corrupções e desacertos morais são os caminhos certos ou que não fizeram nada daquilo. Na verdade, dizem eles, tudo não passa de armadilhas políticas de seus adversários que não aceitam o seu sucesso junto ao povo que os elegeu. Afinal, eles sempre estiveram ao lado do povo nas suas mais recônditas reivindicações; sempre estiveram ao lado da verdade e jamais cederam às pressões dos corruptos de plantão que, ao tentarem suborná-los, verificaram que ali, neles, residia a honestidade e os princípios morais mais eloqüentes.
E, então, nos perguntamos: como compreender essas atitudes se elas nunca fizeram parte de nossa enciclopédia? Se elas nunca foram ensinadas em casa ou na escola? Seríamos nós, seres de outros planetas ou estivemos fora dos ensinamentos que só são ministrados a determinados privilegiados, como eles?
A política é boa e necessária. Fazemos política a todo o momento, a todo o instante. O que enxovalha os políticos é a má condução. Ao invés de se pensar no bem comum, no coletivo, pensa-se nos anos de mandato, no que se pode aproveitar em benefício próprio ou o que se pode deixar passar de pai para filho, ainda que coisas ruins façam parte da herança. Porque, ao político mau, tanto se lhe faz se ao filho irá passar lições amorais ou não. A ele importa passar os caminhos da corrupção para que as gerações futuras saibam como se locupletarem do dinheiro, dos impostos, do que pertence ao povo.
E aí, voltamos ao princípio deste artigo quando falamos que nos querem clonar. Que nos querem passar que devemos pensar como eles e, numa sucessão de fatos e convencimentos, convencermos também a nossos filhos e aos que estão ao nosso redor de que eles, os políticos, estão certos. Que, errados estamos nós enquanto pensarmos na coletividade e esquecermos nossas pequenas repúblicas familiares. Que mais equivocados estaremos se acharmos que, um dia, tudo poderá mudar no nosso Brasil.
Este é o ponto onde temos de nos enfrentar a nós mesmos. Onde temos de deixar as tentações de lado e acreditar que ainda podemos transmitir o bom e o correto, dentro de casa, fora de casa, nas ruas, nos negócios, nas amizades que temos, em tudo, por tudo e para todos. Este é o momento em que temos de acreditar que existam bons políticos; crer que voto não pode e não deve ser vendido e que os nossos representantes precisam ter a nossa cara e não nós a cara deles.
Orgulharmo-nos de sermos cidadãos honestos e decentes é o primeiro passo. Transmitir este orgulho é o segundo passo. E, finalmente, combater os maus políticos, arrastá-los de onde estão a lesar o nosso patrimônio, passa a ser também o papel de toda uma sociedade que, devidamente constituída, pode e deve ser a incontestável líder da revirada nacional. No mais, continuar a escutar as baboseiras dos acusados de hoje, dos corruptos do sempre e dos maus políticos do amanhã, será se deixar conduzir e ao país, ao mar de lama que não merecemos.


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COLUNA Geraldo Câmara

(24/02/2008 18:36)
Quem matou a crença do povo?

Não existe pior situação do que o descrédito, seja qual for e em que situação estiver acontecendo. Mas é tenebroso quando a falta de crença ocorre em massa e contra algo ou alguém em quem é preciso acreditar. A classe política, que sempre existiu e que sempre teve no seu seio os seus próprios algozes, enfrenta a última década de maneira bem mais em proeminência porque a imprensa acordou e tornou-se investigativa; porque o povo entendeu e passou a discutir as mazelas da política brasileira; porque todos passaram a conhecer melhor as artimanhas de muitos políticos para burlar a lei, para desviar numerários do povo, para cometer atos de improbidade jamais conhecidos com tanta clareza. Nunca se viu, com tanta persistência, ações da Polícia Federal investigando, buscando o crime, prendendo gente que jamais pensara em se ver algemada, abrindo o jogo na imprensa, sem ver cara e sem ver coração. A banalização dos crimes de colarinho branco passou a ser perseguida e os objetivos definidos e alcançados, se não ainda na esfera do judiciário, mas, sem dúvida, na esfera policial. Essa verdadeira cascata de malfeitos começou gradativamente a tirar a fé do povo brasileiro e vê-lo desejoso de assistir a condenações dos que o roubaram descaradamente. Isto tudo, sem dúvida, trará reflexos nas eleições municipais, principalmente no estado de Alagoas, até porque, a vivência do desenrolar dos fatos, vem fazendo com que o esclarecimento do eleitor passe a fazer parte da eleição que virá. A compra do voto, essa prática absolutamente totalitária e anti-democrática, será bastante diminuída em 5 de outubro e a parada para pensar no que sobra de políticos ou nos que virão por aí, sem dúvida poderá ser, ou não, a recuperação da crença do povo na democracia brasileira.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A HORA É DE GERAR TRABALHO

Geraldo Câmara
Jornalista – publicitário – escritor

A realidade do nosso estado precisa ser enfrentada com coragem, mas, sobretudo, com sinceridade. Quando falamos em segurança, por exemplo, queremos ir buscar no social todas as culpas para o estado de quase pânico em que vivemos. E aí, vemos as autoridades e os analistas de plantão buscando desculpas na falta de educação e na desproporcionalidade da renda da população. Tudo isto seria perfeito não fora a falta de sensibilidade para que determinadas ações sejam tocadas sem a necessidade de grandes estruturas institucionais, mas simplesmente usando o bom senso e os exemplos de atitudes vitoriosas. Daí, o título deste artigo que pede para que se deixe em segundo plano a geração de emprego e se coloque na vitrine a geração de trabalho como o fator mais importante para o cidadão, para a família, para a comunidade e para a segurança de um povo.
A questão, complexa, sem dúvida, busca apoio em vários aspectos, todos eles voltados para o cooperativismo, esta força de união ou esta união de forças como o queiram chamar que muda vidas, que provoca crescimento, que gera trabalho, energia e riqueza. Se os dirigentes não o desejam, se insistem em negar a sua força isto é estória que pode fazê-los, um dia., entrar na história como vencedores ou como fracassados.
Num estado pobre como Alagoas, mas rico de gente, de idéias e de vocações, a necessidade de se gerar trabalho é ainda maior do que em outros estados. O inchaço das grandes cidades, como Maceió, a migração constante em outros municípios, a pobreza na linha da miséria, tudo isto, deve-se à falta de produção, de trabalho, de incentivo, de capacitação e de qualificação, metas que podem e devem ser alcançadas não pelo poder público, mas através do poder público, como instrumento necessário ao incentivo que a população deve ter para encontrar o seu destino.
Nas cooperativas, todos são donos do seu próprio negócio; todos progridem na razão direta do seu trabalho e da sua produtividade, por mais humilde que seja esse trabalho.
No entanto, haveremos de convir que ninguém, principalmente nas faixas mais carentes de educação, pode sair por aí, abrindo cooperativas ou pequenos negócios, sem que sejam motivados e instruídos para tal. É onde entra o nosso projeto que, anos atrás, foi exaustivamente colocado em gabinetes de decisão deste estado, sem que tivesse a repercussão necessária, mas que, temos a certeza de podermos levar adiante, quem sabe, como projeto estruturante para o futuro de Alagoas ou de uma cidade como Maceió, por exemplo.
A idéia é que seja criada a AFC – Agência de Fomento ao Cooperativismo, gerida por autoridades governamentais e da iniciativa privada (ligada ao cooperativismo) com as funções de mapear vocacionalmente a cidade ou o estado, dependendo da abrangência da agência, estimular, em função das vocações, a criação de novas cooperativas, capacitar, qualificar e orientar através da OCB-AL, estimular o crédito cooperativo e cidadão e, com isto, gerar trabalho em todos os pontos do estado ou da cidade, acabando com a ociosidade e com a busca desesperada pelo emprego tradicional.
Que não se diga que este não é o papel do governo ou das prefeituras porque o é; e como exemplo desta afirmação, o Ministério do Trabalho e Emprego, criou no ano passado a Secretaria de Economia Solidária, a SENAES, exclusivamente para os assuntos de associativismo e cooperativismo aplicando 40 milhões no Brasil, sem nenhuma demanda do estado de Alagoas.
É preciso acreditar. A nossa Pindorama não nasceu grande e é uma enorme demonstração da força do cooperativismo. Aos 21 anos tive a honra de ser diretor-comercial de uma cooperativa, uma das maiores do país, a CCPL-Cooperativa Central dos Produtores de Leite e que continua liderando no Rio de Janeiro. Mas, nem precisamos pensar tão alto. Pensemos na formação de cooperativas no sertão, em todas as regiões do estado e até sabemos de que tipos, mas coerentes com o que pensamos e escrevemos, o mapa vocacional antes de tudo.
Importante, governador e prefeitos é que se acredite que a “idéia nova é uma nova conjugação de velhos elementos” e que a nova conjugação que propomos é a aglutinação do desejo e da necessidade orientados por uma ação governamental que só pode trazer resultados os mais positivos.
Abrir os olhos para o cooperativismo é criar motivos para gerar cabeças pensantes e ativas. Uma segurança, sem dúvida.